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Saiba como você será prejudicado pela Reforma da Previdência

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Anúncio do SSPV no jornal O Clássico para mostrar à população da região o que está em jogo com a Reforma

PEC 06/2019 , do governo federal, rebaixa benefícios e pode excluir milhões da aposentadoria

A sua aposentadoria está em risco. Se o Congresso Nacional aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 06/2019, milhões de trabalhadores não vão conseguir se aposentar e muitos terão benefícios de menos de um salário mínimo. Os que já estão aposentados também serão atingidos: o reajuste automático da inflação vai acabar. Veja as mudanças:

• A Reforma acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição (fator previdenciário e fórmula 86/96).

• Homens só se aposentarão a partir dos 65 anos e, mulheres, 62. A partir de 2024, a idade mínima volta a aumentar.

• O tempo de contribuição passa de 15 (que hoje já é difícil para muitos) para 20 anos, para acessar 60% do valor integral.

• Muda o cálculo. Ao invés de contabilizar 80% dos salários mais altos que você recebeu na vida, como é hoje, vai contabilizar todos seus salários, desde os primeiros, rebaixando a aposentadoria.

• Quem quiser receber o valor integral do benefício (sobre a média rebaixada) terá de contribuir por 40 anos.

• Quanto à aposentadoria especial de professoras e professores: idade mínima de 60 anos para ambos os sexos. Só recebe 100% da média salarial quem contribuir por 40 anos.

• Quem já se aposentou também é afetado, pois o valor dos benefícios perde a garantia de reajuste inflacionário.

• Quem estiver aposentado e ainda trabalhando vai perder a multa de 40% e os depósitos mensais de 8% do FGTS. Tudo para reduzir encargos para as empresas.

• O Benefício de Prestação Continuada (BPC) também será afetado, cai de um salário mínimo para R$ 400.

• Quanto às pensões, o benefício será de 60% do valor da aposentadoria do cônjuge morto + 10% por dependente, acabando com o piso de um salário mínimo.

• Além disso, retira da Constituição os direitos previdenciários e aponta para um sistema de “capitalização individual” privado, que não deu certo em país nenhum, a não ser para os banqueiros, que lucram trilhões às custas das economias dos trabalhadores.

Em vez de retirar direitos do povo trabalhador, que tem em média R$1.500 de aposentadoria, o governo deveria:

• Cobrar as empresas que devem R$ 500 bilhões à Previdência Social.

• Rever a Desvinculação de Receitas da União (DRU), que retirou R$ 1,5 trilhão da Seguridade Social entre 2000 e 2015.

• Combater o desemprego e estimular o trabalho formal para aumentar a arrecadação previdenciária.

• Realizar uma reforma tributária para taxar os milionários e alavancar recursos para a Seguridade Social.

Ainda há tempo. É possível derrotar o desmonte da aposentadoria.

Vamos às ruas!

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