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Retrospectiva 2020: a luta por direitos em meio à pandemia

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Que ano foi esse? Vamos demorar anos e anos para entender tudo o que aconteceu em 2020. Vivemos uma pandemia que afetou o Brasil em cheio, algo que não acontecia há mais de 100 anos. Com um governo federal que minimizou e atrapalhou o combate ao novo coronavírus a todo momento, chegamos no final do ano com mais 180 mil mortos pelos dados oficiais. Todos nós tivemos alguém próximo, ou no mínimo conhecido, que se infectou e acabou falecendo por Covid-19. Passamos por um profundo trauma coletivo.

Ao mesmo tempo, vemos a luz no fim do túnel com as vacinas que começam a ser aplicadas na Europa, Estados Unidos, China, Rússia e outros países. Mas até nisso o governo de Bolsonaro quer dificultar. Cada dia de trapalhada frente ao plano de imunização coletiva é um dia de perda de centenas de brasileiros e brasileiras. Já afirmamos no meio da pandemia e vamos insistir: a remoção de Bolsonaro (e dos bolsonaristas) do governo federal é urgente. Questão de vida ou morte.

O pesadelo do governo de Bolsonaro e Guedes se refletiu até na nossa Data-Base, com a aprovação de lei de congelamento dos salários dos servidores públicos. Como entramos com o dissídio coletivo antes da promulgação da lei, seguimos com esperança de que a Justiça conceda o reajuste. Mas o estrago já foi feito, já que o governo municipal suspendeu as negociações lá em abril e os demais pontos da pauta de reivindicações não avançaram. O prefeito Jaime Cruz é cúmplice dos ataques de Bolsonaro e Guedes.

Além de política de reajuste zero, o governo municipal foi negligente com os protocolos sanitários para o funcionalismo público ao longo de meses. O afastamento de servidores dos grupos de risco do trabalho presencial só foi alcançado depois de uma série de batalhas judiciais que o sindicato e o Ministério Público do Trabalho (MPT) levaram adiante. Em vez de assumir o erro, o prefeito ainda quis jogar a população contra o sindicato usando até fake news, em uma atitude bastante bolsonarista, diga-se de passagem.

Apesar de todas as dificuldades, o sindicato em nenhum momento deixou de atender as demandas dos servidores e lutar por nossos direitos, incluindo a saúde e a vida. Tivemos uma série de vitórias que foram comemoradas pelos trabalhadores expostos à Covid-19 e por todos nós. Com a virada do ano, a promessa da vacina e uma nova gestão na prefeitura, esperamos que em 2021 as maldades contra os servidores sejam menos intensos. Mas também não alimentamos ilusões. É a luta dos trabalhadores e trabalhadoras de Vinhedo e todo o Brasil que pode frear os ataques e abrir um horizonte de esperança, com retomada e respeito de direitos básicos. Por isso, não vemos a hora de a pandemia passar para voltarmos a colocar o bloco na rua e em cada local de trabalho. Enquanto isso, cuidem-se e lembrem-se que só a luta muda a vida.

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